sábado, 18 de outubro de 2014

Costa diz que ex-presidente do PSDB recebeu propina

Segundo ex-diretor da Petrobras, a construtora Queiroz Galvão pagou R$ 10 milhões para esvaziar CPI da estatal


Beneficiado com a delação premiada, o ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa deu novos depoimentos que incluem, agora, o PSDB no esquema de corrupção da Petrobras. Costa afirmou que deu propina, em 2009, ao ex-presidente do partido tucano Sérgio Guerra para que ele esvaziasse uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretendia esclarecer as denúncias de corrupção na estatal. Guerra morreu neste ano e foi substituído no cargo por Aécio Neves, hoje candidato do PSDB à Presidência. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo a declaração do ex-diretor da Petrobras, foi Guerra quem o procurou e cobrou 10 milhões de reais para que a CPI, aberta em julho de 2009, fosse encerrada. Ainda de acordo com Costa, Guerra contou que usaria a propina para a campanha presidencial de 2010, em que a presidenta Dilma Rousseff venceu o então candidato do PSDB José Serra, eleito senador da República neste ano.

O pagamento teria sido feito depois que a comissão foi encerrada sem punições, no fim daquele ano. Além de presidente do partido, Guerra era senador na época e um dos 11 membros da CPI – três integrantes eram da oposição e acusaram o governo de impedir as apurações. O suposto acordo teria servido para esconder as descobertas de irregularidades nas obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Por isso, a propina teria sido paga pela Construtora Queiroz Galvão, citada no caso de superfaturamento e desvios da Abreu e Lima. Iniciada em 2008, a obra ainda não foi terminada e tem superfaturamento comprovado pelo Tribunal de Contas da União e Ministério Público Federal.

Fonte: Carta Capital

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