quarta-feira, 25 de novembro de 2015

“Crime é crime” e não há argumentos que possam justificá-lo afirmou o prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT)

Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 24, que vê com “preocupação” a situação de seu partido, o PT, por causa do avanço das investigações da Operação Lava Jato. Nesta terça, a Polícia Federal deflagrou a 21.ª etapa da operação e prendeu o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, padrinho político de Haddad. “Quando você tem um sonho de transformar a sociedade em favor da igualdade e você se desvia para se apropriar de recursos ou para beneficiar quem quer que seja, você está cometendo dois crimes: o primeiro é colocar a mão em recurso público, o segundo, você está matando um projeto político”, afirmou Haddad. Segundo ele, o PT não pode comprometer um projeto político, porque alguns integrantes se desviaram dele. “Há maus cristãos no mundo, mas a Igreja tem que defender o legado. Nós vamos ter que passar por um processo de depuração até que as pessoas reencontrem um processo de transformação social importante”, afirmou. Para o prefeito, “crime é crime” e não há argumentos que possam justificá-lo. “Não tenho nada contra quem quer ganhar dinheiro, mas não venha para a política. Na política o salário vai ser necessariamente aquém do você ganharia no mercado. Mas se você optou por outra coisa (política), fica com essa outra coisa e garanta que você não vai matar o sonho das outras pessoas”, disse Haddad, sem citar nomes.

Estadão

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