Multidão ficou em volta da situação enquanto a polícia negociava com a agressora |
A bibliotecária Maria Anália da Conceição, 60 anos, registrou em foto o momento que foi feita refém por uma desconhecida ao meio dia desta quinta-feira (5), na Avenida Paulista, em São Paulo. Ela estava em um ponto de ônibus quando foi abordada pela agressora, que estava com uma faca e falava frases desconexas. A mulher ordenou que ela chamasse a imprensa. Enquanto mexia nos contatos do telefone, a vítima tirou uma foto e enviou para a psicóloga - ela seguia para uma consulta.
"Foi de repente, eu estava esperando o ônibus. Estava olhando o aplicativo do itinerário de ônibus e ela, do nada, me grudou por trás e falou: "Você vai me salvar". Num primeiro momento, achei que era uma brincadeira. Aí quando tentei virar para trás, ela me imobilizou. Ela falava: "Chama a imprensa!"", contou Maria Anália a O Globo.
Maria trocou mensagens com a psicóloga enquanto fingia buscar números de jornais e jornalistas. "Ela (a mulher com a faca) não estava prestando atenção no que eu estava fazendo, queria mesmo chamar a atenção da imprensa. Dizia que ninguém merecia passar fome, falou algumas coisas sem sentido sobre futebol. Avisei a minha psicóloga, na esperança que ela me mandasse uma mensagem para que eu ficasse mais calma", explica.
(Foto: Acervo Pessoal) |
Pessoas que passavam pela movimentada avenida notaram a situação. A universitária Yasmin André, 19 anos, saia de um shopping quando viu a chegada da polícia. Uma multidão estava perto da vítima e da agressora. "Rolou mais de meia hora de conversa e negociação, até a mulher decidir soltar a vítima. Logo depois ela (mulher que estava com a faca) abraçou o policial que estava fazendo a negociação e foi levada para a delegacia. Por isso, imagino que ela tinha algum problema mental", diz.
A mulher com a faca foi detida, mas não teve nome divulgado. Maria Anália prestou depoimento e fez exame de corpo delito.
Fonte: Correio
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