Fonte: G1/BA |
O terreno do Cemitério São João Batista, localizado na cidade de Itabela, no sul da Bahia, será desocupado a partir do próximo mês para construção de uma praça. O anúncio foi feito pela Prefeitura, que irá exumar e transferir as ossadas que estão no local.
Desativado desde o ano 2000, o Cemitério São João Batista foi o primeiro da cidade, que tem 30 anos de fundação. Com a desocupação do terreno, os restos mortais irão para o Cemitério Jardim da Saudade, que é o único em atividade no município.
Para fazer a transferência, a Prefeitura de Itabela convocou familiares das pessoas enterradas no local. O chamamento público foi divulgado no Diário Oficial da cidade em 28 de agosto deste ano. O prazo para que as pessoas se apresentem vai até 30 de setembro.
Segundo a Prefeitura, se os parentes não sinalizarem a retirada dos corpos até o prazo, as ossadas serão exumadas e encaminhadas para um local comum no Cemitério Jardim da Saudade. Ainda não se sabe ao certo quantas pessoas foram enterradas no local, porque não há registros.
Fonte: G1/BA |
No terreno, que dá acesso a quatro bairros importantes de Itabela, a Prefeitura pretende montar uma quadra poliesportiva, parque infantil e academia ao ar livre, dispostos na praça. A desocupação do espaço gerou polêmica na cidade, que está dividida em relação à decisão da administração municipal.
O motorista Hildo Dias, que enterrou a mãe e o filho no cemitério há 25 anos, não concorda com a transferência. Ele apoia a construção da praça por cima das covas, porém, considera a desocupação do terreno uma falta de respeito.
“Como eu não concordo em mexer na sepultura, eu assino um papel. Já conversei com meus irmãos. Eu fico muito feliz porque ela [mãe] está aqui. Ninguém mexeu no corpo dela”, conta Hildo. A avó do pedreiro Ivanildo Sales também foi enterrada no local. Ele disse que não se importa que as ossadas dela sejam removidas, contanto que realmente seja feita a praça no local.
Fonte: CN - Informações G1/BA
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