terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Lajedinho: Encontrado corpo da 17ª vítima e buscas são encerradas; ‘Nova cidade’ será construída


As buscas as vítimas da tragédia em Lajedinho, na Chapada Diamantina, interior da Bahia, foram encerradas na tarde desta terça-feira (10), após ser encontrado o corpo da menina de 10 anos, última desaparecida, segundo a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec). Ela é a 17ª vítima fatal do temporal que atingiu a cidade no final de semana e era a última desaparecida, segundo o superintendente Salvador Brito. Em entrevista ao Bahia Notícias, ele lamentou o saldo da tragédia. Onze corpos já foram enterrados e outros seis estão no Instituto Médico Legal. A partir de agora, será finalizado o levantamento do prejuízo total da cidade, público e privado, o que deve ser concluído até o final da tarde desta quarta-feira (11). Só então será iniciado o processo de estudo para a construção da área que moradores já estão chamando de “nova cidade” de Lajedinho. “Faremos um estudo da bacia hidrográfica para realizar ações estruturais no centro da cidade, que vai culminar na remoção de muitas habitações, prédios e do comércio para outra área, já doada pelo proprietário de uma fazenda, com aproximadamente 270 mil metros quadrados. A população já está chamando de nova cidade mesmo. Vamos mudar o centro e modificar para outro vetor de desenvolvimento, que será em uma área segura, fora do vale”, explicou Brito. A partir de quinta-feira (12) deve ser iniciado o processo de ampliação do leito e desobstrução de todo o rio que corta o município, para evitar que ele possa transbordar novamente caso a chuva volte a cair forte na região.

O prefeito de Lajedinho, Antônio Mário Lima, deve publicar nesta quarta um decreto interditando toda a área do fundo do vale, onde fica a sede municipal, até o final dos estudos. No entanto, a Sudec avalia que todos os imóveis da área – em especial as margens do rio – terão que ser removidos. A Defesa Civil baiana permanece na cidade para prestar o auxílio à população e a própria administração pública, já que a estrutura da gestão municipal foi destruída. “O poder público perdeu a capacidade de gerir as coisas, uma vez que órgãos, inclusive a prefeitura, foram afetados. Toda a documentação, computadores... tudo está prejudicado. Por isso estamos aqui, com outros órgão do Estado, para dar apoio ao município com a limpeza das ruas, retirada de escombros e demolição de imóveis que não poderão ser reconstruídos. É um processo de recuperação do que for possível”, disse o superintendente. Ainda não existe um número parcial do total de prejuízo financeiro para Lajedinho. “Temos o trabalho da Conder, que está levantando [os prejuízos]. É um volume muito grande, pois tem o custo de demolição, retirada de escombros, do lixo e a intervenção com máquinas a partir de quinta”, destacou Salvador Brito.

Fonte: Bahia Notícias

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