Wyllys promete uma oposição 'à esquerda' no governo Dilma. Foto: Agência |
O deputado federal reeleito Jean Wyllys (PSOL-RJ) ficou conhecido, durante seu primeiro mandato, por fazer oposição ao governo Dilma (PT). No entanto, após a derrota da candidata à presidência do seu partido, Luciana Genro, o parlamentar passou a apoiar a campanha da petista no segundo turno, contra Aécio Neves (PSDB). Em entrevista ao Bahia Notícias, Wyllys afirmou que seu posicionamento se manterá o mesmo durante seu segundo mandato. "Eu continuo na oposição. Oposição à esquerda, porque nós temos oposição à esquerda e à direita. A minha oposição é ética e pautada pela justiça, ou seja, eu vou votar com o governo quando as propostas do governo forem boas para a população brasileira e vou votar contra o governo quando as propostas não forem boas", disse. Segundo o psolista, sua relação com o governo sempre foi excelente, mesmo como oposição, já que sempre foi respeitosa. "Minha oposição era uma oposição séria, eu não agia como ACM Neto quando estava aqui. A gente conviveu por um tempo aqui. Ele é do DEM, e o DEM faz oposição por oposição. O PSOL faz uma oposição justa", comparou. Para ele, será necessária uma articulação de partidos para assegurar que pautas sociais e a reforma política possam progredir, principalmente com a eleição do Congresso para a 55ª legislatura, o mais conservador desde 1964, de acordo levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). "Estamos tentando formar um blocão do campo progressista, com o PSOL, setores do PSB, PDT, setores do PV e PCdoB", contou. O deputado, reeleito no Rio de Janeiro com 144.770 votos, sétimo federal mais bem votado do estado, ainda comentou sobre a atuação do PSOL na Bahia, estado onde nasceu na cidade de Alagoinhas, em 10 de março de 1974, e onde fez Comunicação na graduação e Mestrado em Letras, ambos na Ufba. Ele afirmou que gostaria de realizar atividades locais, desde que a legenda esteja interessada em mudar sua imagem. "O PSOL da Bahia precisa querer ser o que o PSOL do Rio é. Isso exige uma certa mudança de postura e um diálogo com setores que o PSOL baiano se recusa a dialogar. Por exemplo, no Rio de Janeiro, há uma relação maior com os movimentos sociais de esquerda, com a universidade, com os meios de comunicação. Eu acho que o PSOL daí acaba agindo de uma maneira mais sectária e esse sectarismo não ajuda muito, porque a gente tem que construir pontes, não explodir as pontes", avaliou.
Fonte; Bahia Notícias
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