Quando foram presos, com os policiais foram encontradas armas, munição, celulares e joias (Foto: Divulgação/Polícia Militar) |
O sequestro que terminou com três policiais militares presos na Estrada do Coco teve como motivo uma dívida de um traficante de Camaçari. Os soldados Jonas Oliveira Gois Júnior (lotado na 35ª CIPM), Henrique Paulo Chaves Costa (Batalhão de Guardas) e Ronaldo Pedro de Souza (Sub Comando da PM) e Diogo de Souza Ricardo são acusados de cobrar R$ 300 mil de uma dívida do traficante Douglas Fernandes.
De acordo com a delegada Alda Maria Menezes Oliveira, a autônoma que foi sequestrada pelo grupo é irmã do traficante e o sequestro foi planejado para conseguir o dinheiro da dívida contraída por ele.
A autônoma e o filho de três meses foram sequestrados quando ela fazia entrega de mercadorias na casa de uma cliente, no bairro Gleba E, por volta das 11h. “Eles chegaram dizendo que eram policiais civis e que um delegado queria falar com ela. Ela se recusou e eles puxaram ela para dentro do carro”, contou a delegada.
A vítima foi colocada dentro de um Cerato e o grupo ordenou que ela fechasse os olhos. O carro dela, que também era um Cerato foi levado por eles, mas abandonado no bairro POC III. Após abandonar o veículo, o grupo seguiu e na altura da Estrada da Cetrel, ela foi vendada.
Segundo a delegada, a autônoma foi levada para uma casa, onde ela soube o motivo do sequestro. “Eles pediram os números do irmão e do marido, para pedir R$ 300 mil de resgate, mas eles negociaram R$ 100 mil e marcaram na Estrada da Cetrel para a troca”, afirmou a delegada.
Por volta das 22h, R$ 18 mil, um carro e um equipamento de som foram entregues para o grupo e a autônoma e o bebê foram libertados. Em seguida, o marido da autônoma acionou um amigo que é policial, lotado no 12º Batalhão da Polícia Militar de Camaçari, e contou toda a situação. “Esse policial acionou o comandante do Bope, que rastreou o carro e viu que o veículo seguia em direção ao Litoral Norte. Os policiais organizaram o cerco antes do pedágio e conseguiram pegar o grupo”, disse.
Cercado, o grupo desceu do carro e se se identificou como policiais e foram presos. A polícia conseguiu recuperar o dinheiro que tinha sido entregue, armas e joias. O material e os policiais foram levados para o Batalhão da Polícia Militar, já o homem que não era policial foi levado para a 18ª Delegacia (Camaçari).
Eles foram autuados por extorsão mediante sequestro, cárcere privado formação de quadrilha e porte ilegal de armas.
Fonte: Acorda Cidade
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