Populares jogam pá de areia ou cascalho nos buracos e aguardam a recompensa pelo serviço Foto: Raimundo Mascarenhas |
Existe um dito popular “uns choram e outros vendem lenços que bate com a realidade dos motoristas [os que choram] e pessoas que realizam o tapa buraco improvisado [os que vendem lenços] nas rodovias em situação precária de trafego.
Na BA 120 uma das mais extensas da Bahia que liga Conceição do Coité a Monte Santo no total de 163 km desde sua inauguração no ano de 1984 para 1985 no então Governo João Durval, exceto os 27 km de Coité a Valente, o restante nunca passou por reforma nesses mais de 30 anos, só que nos últimos cinco anos de Valente a Santaluz pode considerar que é possível o trafego, mesmo que tenha que livrar de alguns buracos isolados o que deixa a situação mais perigosa.
Saída Santaluz – Valente é visível o paliativo que não suporta a chuva, pois é apenas areia solta nos buracos Foto: Raimundo Mascarenhas |
Na chegada de Santaluz cerca de 4 km antes da cidade a buraqueira é maior, o que é muito ruim para os condutores de veículos, mas que tem beneficiado aos moradores da área que fatura uns trocados jogando pá de areia ou cascalho nos buracos, a fim de amenizar a situação. A dona de casa Luciene Celestino dos Santos, 43 anos, moradora do Açude Tapera é uma dessas pessoas que faz esse trabalho diário, ela sabe que pode ficar o dia inteiro sem que alguém jogue uma moedinha sequer, mas essa frustração ela não tem, pois, segundo ela cada cinco veículos que passam de pelo menos um,’cai uma moedinha’, que ao final do dia chega a faturar até R$ 80 reais.
A dona de casa disse que a única renda que vem tendo é essa, pois, o marido está desempregado e o filho de 23 anos, está operado de apendicite. ” É através desse trabalho que o dinheiro está chegando dentro de casa, estava com treze recibos de luz, já paguei uma parte”, conta feliz a dona de casa. Ainda de acordo com Luciene, no natal recebeu panetone e até garrafa de vinho e os valores das gorjetas são de dez centavos a um real, mas afirma que já teve situação de receber R$ 5 e R$ 10. Luciene trabalha com a prima ‘Nena’ com quem divide todo valor arrecadado no dia.
Não existe previsão para reforma do referido trecho. Enquanto isso não acontece Luciene, Nena, e outras pessoas inclusive crianças vão realizando o paliativo.
Fonte: Calila Notícias
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