Deve chover abaixo da média histórica em toda a região Nordeste nos próximos meses, a previsão é do Grupo de Previsão Climática Sazonal, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Segundo os especialistas, chuvas intensas no leste da região marcaram o início do período chuvoso. Entretanto, esse cenário não deve se repetir entre junho e agosto.
"Pode acontecer de um ciclo de curta duração se formar e fazer chover muito. Mas isso não é o esperado [para o trimestre]. O que aconteceu agora pode voltar a ocorrer, mas a previsão é que as chuvas fiquem abaixo da média histórica", afirma o coordenador-geral de Operações e Modelagens do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Marcelo Seluchi.
Um dos fatores decisivos para a previsão é o aumento da temperatura do Oceano Pacífico acima de 3°C. Por isso, a Zona de Convergência Intertropical (ZCI) – que regula o regime de precipitações no Nordeste e Norte do Brasil – se deslocou para latitudes acima do equador. Aliado a isso, a porção norte do Oceano Atlântico está mais quente que a parte sul.
"Tanto o Pacífico, que está um pouco mais quente que o normal, quanto o Atlântico, que está mais quente no Hemisfério Norte do que no Sul, explicam essa alteração. Isso não é bom para o regime de chuvas no Nordeste e nem no Norte do Brasil", acrescenta Seluchi.
Clima
Para a região Norte, a previsão é que a cheia dos rios não atinja os níveis recordes esperados. Isso porque a cota dos principais rios amazônicos, como o Amazonas, o Negro e o Tapajós, já superou o limite de transbordamento em algumas estações de medição.
Com a chegada da estação seca no próximo trimestre, o chamado "inverno amazônico", os níveis dos rios devem cair.
As próximas semanas devem marcar transbordamentos de alguns rios da região Sul, devido a incursões de massas de ar frio no território brasileiro vindas da Antártica. Por isso, aumenta o alerta para potenciais episódios de desastres naturais, como inundações e deslizamentos de terra. O quadro, porém, não deve se estender para toda a região nos próximos três meses. Com informações do Portal Brasil.
Fonte: Notícias ao Minuto
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