Foto: Pedro França / Agência Senado |
Embora ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e integrantes da cúpula do Congresso avaliem que a prisão dos suspeitos de hackear o celular do ministro Sergio Moro reforça a narrativa de invasão levantada pelo ex-juiz, eles também ressaltam que isso não afasta os questionamentos a que ele e os procuradores da Operação Lava Jato enfrentam. Para os críticos à operação, o cerne do problema não está na invasão do aparelho, mas sim no conteúdo das conversas, que permanece grave.
De toda forma, segundo o blog Painel, da Folha de S. Paulo, todas as alas do Supremo reconhecem a importância da prisão. Eles entendem que o ato serviu para demonstrar a força do aparato estatal e desestimular novos ataques.
Nessa terça-feira (23), a Polícia Federal prendeu quatro suspeitos e a justiça determinou a quebra dos sigilos bancário e telemático deles. De acordo com a decisão judicial, a investigação detectou que o aparelho foi invadido por meio do código de acesso à versão web do aplicativo Telegram.
Moro revelou que foi vítima da ação no início de junho. Dias após o site The Intercept Brasil publicou as primeiras conversas, vazadas do aplicativo, entre o ex-juiz e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. O veículo nunca falou sobre sua fonte, mas disse que recebeu o conteúdo meses antes da primeira publicação. As mensagens mostram uma relação inadequada entre o então juiz e os procuradores, já que indica interferências de Moro no âmbito da atuação do MPF, parte acusadora nos processos que ele julgava. Os envolvidos não reconhecem a autenticidade do conteúdo.
Fonte: Bahia Notícias
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