quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Após prisão de Prisco, policiais se reúnem para decidir sobre fim da greve


Após a desocupação da Assembléia Legislativa da Bahia (AL-BA) e a prisão do principal líder da greve da Polícia Militar (PM) no estado, policiais seguem em direção ao Ginásio dos Bancários, nos Aflitos, onde farão uma reunião na manhã desta quinta-feira (9) para decidir se continuarão ou não com a paralisação. A expectativa é que os PMs aceitem a proposta do governo baiano de reajuste de 6,5% e pagamento gradual das gratificações (GAPs 4 e 5) e encerrem a greve, que já dura dez dias. Apesar do otimismo, no entanto, policiais têm usado as redes sociais para contestar um eventual fim do movimento. "Não acreditem em boatos. A greve continua", avisa um PM em seu perfil no Facebook. No Centro Administrativo da Bahia (CAB), o clima é de tranquilidade. As dependências das Assembléia passaram por varredura e o acesso ao local deve ser liberado por volta das 10h.
PSDB ‘não cogita’ expulsar Prisco; para presidente, é ‘prematuro’ punir líder de movimento terrorista na BA
O presidente municipal do PSDB, José Carlos Fernandes, revelou ao Bahia Notícias que as gravações que desvendaram a participação em atos terroristas do filiado Marco Prisco, líder do movimento grevista da Polícia Militar no estado, em prol de uma mobilização nacional para aprovar a PEC 300, não são suficientes para expulsá-lo da sigla. Pré-candidato a vereador tucano, segundo os áudios veiculados no Jornal Nacional, na noite desta quarta-feira (8), o ex-policial chegou a mandar queimar carretas e viaturas nas estradas e participava de um grupo que pretendia impedir a realização do Carnaval de Salvador, do Rio de Janeiro e de São Paulo, além de outros delitos. “Não se cogita a expulsão. Primeiro, isso tem que ser apurado, pois apenas um lado foi ouvido. Não temos nenhuma informação de que ele já está condenado. Temos que agir de acordo com o estatuto do partido”, justificou Fernandes. Indagado se as gravações já não eram suficientes para comprovar a participação de Prisco na propagação do pânico, o dirigente ponderou. “Rapaz, eu acho prematuro fazer uma afirmação dessas. Existe um princípio constitucional de presunção da inocência. Ele tem direito a ampla defesa. O partido não vai se antecipar em tomar nenhuma medida sem que haja comprovação. Tem que ir devagar porque o santo é de barro. O PSDB não vai fazer caça às bruxas. Não é função do partido. As instituições jurídicas estão aí para falar mais alto do que a gente”, explicou. Antes das ações na paralisação da PM este ano, em 2002, conforme apurou o BN, Prisco foi expulso da corporação por invadir um batalhão e tentar matar um policial que protegia o quartel.
Fonte: Bahia Notícias

Sem comentários:

Enviar um comentário