sábado, 24 de novembro de 2012

Tchau e benção


Surpresa na demissão de Mano Menezes? Não tive nenhuma. Em pouco mais dois anos sob o comando do time canarinho vi uma equipe sem padrão de jogo, um futebol feio e com imagem de Seleção decadente. Prova disso é o modesto 13º lugar no ranking da Fifa. No mês passado, ainda foi pior: um vergonhoso 14º, pior colocação desde que foi criada em 1993. A Copa América e a Olimpíada foram os objetivos não alcançados. Sem falar no desempenho pífio contra adversários mais qualificados como França, Holanda, Alemanha e Argentina (a não ser no Superclássico). A equipe brasileira só encheu os olhos quando encarou Irã, Egito, Iraque, Gabão e seus derivados.

O agora ex-comandante da Seleção também pecou muito em suas convocações. Fernandinho, André, Cícero, Jádson, Felype Gabriel e Durval foram algumas delas.

Mano já sofria um processo de fritura dentro da CBF. José Maria Marin, mandatário da entidade, não gostava do trabalho do treinador. Inclusive, a convocação de Diego Cavalieri e Fred para encarar a Argentina teria sido uma ordem de Marin. Assim como no retorno de Kaká, na qual Mano também não entusiasta. Curiosamente, depois das intervenções do presidente da CBF, a Seleção começou a melhorar o seu desempenho. E vale lembrar, que Mano só chegou ao comando da Seleção, depois que Muricy recusou o convite para ocupar o lugar de Dunga. Na época era o plano B ou até C. Acho que até demorou demais essa demissão. Devia ser logo depois do revés na final da Olímpiada de Londres, diante do México. Tchau e benção Mano. Na minha opinião, ele não era preparado para o cargo.

Como é de praxe, especulações começaram a surgir. Felipão é apontado como o favorito de Marin, seguido de Muricy Ramalho, Abel Braga e Tite. O treinador do Corinthians tem uma carta na manga. Se conquistar o Mundial, passará a ser o preferido da torcida e o clamor popular pode influenciar na escolha.

Agora é esperar que o novo comandante consiga recuperar o pouco de mais de dois anos perdidos no caminho espinhoso para 2014 e que não possamos testemunhar uma reedição do Maracanazo.
Fonte:por Glauber Guerra

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