Pelo menos 120 pessoas morreram e várias ficaram feridas nesta segunda-feira (23) nas explosões de sete carros-bomba em duas localidades litorâneas do oeste da Síria controladas pelo regime, afirma a organização Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
As ações foram as primeiras desse tipo nas cidades de Jableh e Tartus -- nessa última, os russos, aliados de Damasco, mantêm uma instalação naval. A mídia estatal confirmou os ataques, mas estimou um saldo de mortes menor.
O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelos atentado na agência de notícias do grupo, Amaq. "Ataques realizados por combatentes do Estado Islâmico atingiram grupos alauítas [comunidade religiosa à qual pertence o presidente Bashar al Asad) nas cidades de Tartus e Jableh na costa síria", diz o comunicado da agência ligada aos jihadistas.
Foto da agência de notícias estatal síria SANA mostra carro em chamas após a explosão de uma das bombas na cidade de Tartus (Foto: Sana via AP) |
Os combates se intensificaram em outras partes da Síria nas últimas semanas, enquanto potências mundiais se esforçam para ressuscitar um cessar-fogo frágil e na sequência do fracasso das conversas de paz em Genebra este ano.
O OSDH e a mídia estatal síria afirmam que uma das explosões atingiu um hospital.
"Sem dúvida são os piores ataques contra as duas cidades desde o início do conflito na Síria, em março de 2011", afirmou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, segundo a France Presse.
A mídia estatal noticiou que um carro-bomba e dois homens-bomba atacaram um posto de combustível em Tartus. Em Jableh, uma das quatro explosões aconteceu perto de um hospital, segundo a imprensa oficial e o Observatório.
Imagens divulgadas por usuários de redes sociais pró-governo exibiram cadáveres na traseira de caminhonetes e partes de corpos calcinados no chão.
O Ministério do Interior sírio disse em um comunicado que mais de 20 pessoas morreram, e um organismo da mídia oficial estimou o saldo de mortes em 45 pessoas.
Fonte: G1 Mundo
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