Presos pelo assassinato do secretário de Educação de Santo Estevão José Agnaldo Barreto de Almeida, 41 anos, no dia 4 de abril deste ano, os irmãos gêmeos Walter da Silva Magalhães e Walace da Silva Magalhães, 18, tentaram fugir do Conjunto Penal de Feira de Santana, na manhã de quinta-feira (12). Eles foram flagrados ainda caminhando no teto de um dos módulos e recapturados em seguida pela Polícia Militar que reforça a segurança no conjunto.
Segundo o coordenador geral do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb-BA), Geonias Oliveira, a tentativa de fuga aconteceu por volta das 7h, momento em que os presos recebiam visitas de parentes. Os irmãos aproveitaram o fato de que apenas um agente de penitenciário tomava conta dos internos no pátio, já que os demais estavam focados na revista dos visitantes. “Todo o conjunto conta com 1.750 presos, cuja capacidade é para pouco mais de 800. São 20 agentes penitenciários por plantão para todo o conjunto penal. A fragilidade é perceptível para qualquer um, até para os internos”, disse Geonias.
Walter e Walace pularam um muro da unidade que não chega a quatro metros. “No final de 2014, os agentes fizeram uma vaquinha para aumentar 1,2 m do muro, na tentativa de dificultar a fuga”, contou Geonias. No entanto, os irmãos foram vistos por um agente correndo sobre o teto do pavilhão 10, na tentativa de chegarem ao muro que contorna todo o conjunto penal e então ganhar liberdade. “O agente acionou os quatro policiais militares que reforçam a segurança na porta do conjunto, que impediram a fuga”, declarou o coordenador geral do Sinspeb-BA.
A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) confirmou a situação e informou que a Lei de Execução Penal estabelece a tentativa de fuga como falta grave. Como os presos ainda não foram sentenciados, a direção do conjunto penal comunicou o fato ao juiz responsável pelo processo em tramitação para que providenciais sejam adotas.
Na última terça-feira (10), o diretor geral do Conjunto Penal de Feira de Santana, Clériston Leite, pediu exoneração do cargo e deixou o comando da unidade. O diretor adjunto Nilson Sérgio Ribeiro assumiu a gestão até que um novo diretor seja nomeado. A saída do gestor aconteceu dois dias depois que seis internos do pavilhão 11 da unidade - todos ligados à facção criminosa Katiara - conseguiram escapar da prisão.
Fonte: Cleriston Silva
Sem comentários:
Enviar um comentário