Na hora da personalização, é bom seguir as normas |
Rebaixar o carro, aumentar a potência do motor, escapamento esportivo, rodas maiores, pintura customizada e luzes de LED ou xênon. Esta paixão de personalizar o automóvel tem nome: tuning. A palavra vem da inglesa “tune”, que significa incrementar um equipamento de acordo com o gosto pessoal: e isso é exatamente o que os clubes baianos de tuning fazem.
Para fugir da igualdade, o lance é deixar o carro de acordo com o gosto. Assim que encontra os amigos, Luiz Rosa levanta o capô do seu Bravo 2012 1.8 para exibir o motor, que depois de ser reprogramado e ganhar filtro de ar esportivo passou de 132 cv para 150 cv. O administrador faz parte do Clube do Bravo, um grupo formado por cerca de 25 donos do hatch da Fiat, que se reúnem todas as quintas para conversar sobre as novas modificações.
Assim como eles, em Salvador há outros clubes especializados em carros personalizados, como Midnight, GonnaHate e Not1. Entre os carros modificados dos membros dos grupos, a maioria dos possantes é equipada com o “kit básico” dos tunados: rebaixado, rodas aro 17 e motor mexido – cabeçote e filtro de ar esportivo.
Mas, para “tunar” o carro, exigem-se criatividade e um bom dinheiro no bolso. Por isso, na hora de realizar o serviço, procure uma oficina de qualidade. Locais como IDF Suspensões, General Suspensões, Cia. das Rodas, Modificar Veículos, Suzarte Suspensão e Suzuki Som realizam as modificações em todos os tipos de veículo. Os valores variam de acordo com o tamanho e o modelo do carro.
De acordo com Ricardo General, da General Suspensões, a preferência dos aficionados por tuning é o rebaixamento entre 8 cm e 10 cm. O serviço custa a partir de R$ 420. Já na Cia. das Rodas, o motorista pode escurecer a lanterna ou farol (R$ 200), aplicar pintura cromada nas rodas (R$ 600) e vidrificação – proteção de verniz contra risco durante um ano – (R$ 500).
Além da estética, os mais apaixonados alteram ainda a potência do carro. A programação da injeção eletrônica do motor (Remap) eleva a potência do carro entre 15 cv e 45 cv. O serviço sai por volta de R$ 2 mil. O ronco tradicional que chama a atenção dos tunados vem do escapamento esportivo (R$ 200) ou dimensionado (R$ 2 mil).
Artur Dorea, da Cia. das Rodas, alerta que as modificações nem sempre são valorizadas na revenda do carro. O melhor é optar por itens que podem ser removidos, guardar as peças originais e desfazer a mudança na hora de vender o veículo.
Rodas maiores são a essência do tuning. Tony Eloy Jr investiu nas foscas aro 17" |
Antes de “turbinar” o automóvel, é preciso seguir as regras estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) sobre o que pode e o que não deve ser modificado. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), rodar em veículos alterados sem a documentação necessária acarreta uma multa de R$ 127,69 e cinco pontos no prontuário da CNH.
De acordo com o perito Domingos Lemos, coordenador de perícias em veículos do Detran Bahia, é preciso ainda ter cuidado com alterações proibidas por lei. “Instalação de suspensão regulável e de farol xênon não são permitidas”. Só é autorizado rebaixar 10 cm a partir do local mais baixo do carro e, no caso das rodas, a alteração só é autorizada se for até duas polegadas do aro para mais ou para menos. Modificações que podem ser legalizadas devem ter autorização do Detran, ser vistoriadas e constar no documento do veículo.
Fonte: A tarde
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