Um jovem de 18 anos morreu baleado nesta sexta-feira (28) durante um protesto contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a dois dias da eleição da Assembleia Constituinte, informou o Ministério Público. Na capital Caracas, opositores bloquearam as principais ruas e houve confronto.
Guarda Nacional Bolivariana (GNB) enfrenta manifestantes que protestavam em Caracas, na Venezuela, nesta sexta (Foto: Ariana Cubillos/AP) |
A vítima, identificada como Gustavo Villamizar, morreu na cidade de San Cristóbal, no estado de Táchira, no oeste do país. "Gustavo Villamizar recebeu um tiro quando se encontrava em uma manifestação nas imediações do Liceu Alberto Adriani", informou a Promotoria Geral da Venezuela.
A onda de protestos contra Maduro já deixou 113 mortos em quatro meses, segundo o MP do país. Várias pessoas morreram em confrontos entre manifestantes e forças de segurança nos últimos dias.
O protesto desta sexta ocorre um dia após Maduro proibir em todo o país manifestações que atrapalhem a eleição. A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) pediu que os protestos prossigam até domingo, dia da votação, e o governo ameaçou com prisão de cinco a dez anos quem boicotar a ordem do presidente.
A proposta de Maduro de convocar uma Assembleia Constituinte para alterar a Carta Magna aumentou a tensão em um país polarizado e mergulhado em uma profunda crise, com inflação descontrolada e grave escassez de alimentos e remédios.
Maduro, cuja gestão é rejeitada por 80% da população, segundo o instituto de pesquisa Datanálisis, assegura que a Constituinte garantirá a paz e a recuperação econômica. Ele acusa seus adversários de tentar fazer um golpe de Estado com o apoio dos Estados Unidos e que governo vizinhos da América Latina e da Europa estão sendo submissos ao "Império".
A MUD decidiu não participar da votação, alegando que a Constituinte convocada sem referendo foi elaborada pelo governo para criar uma Carta Magna que instaurará uma ditadura no país.
Fonte:G1
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