Demanda por mão-de-obra cresce com a construção de cisternas.
A construção de cisternas tem transformado a vida de famílias do semiárido que além de terem água de qualidade para beber e cozinhar também dispõe de água para produção, garantindo a segurança alimentar e ajudando no aumento da renda.
Porém, a construção de cisternas de consumo humano está fazendo crescer a demanda por “bombeiros”, como são conhecidas as pessoas que confeccionam a bomba gude, que substitui o balde na retirada da água da cisterna.
Com o objetivo de formar pessoas na confecção da bomba gude, o Movimento de Organização Comunitária (MOC), através do projeto Cisternas, realizou uma oficina nos dias 31 de março e 01 de abril para 30 jovens e adultos que, indicados pelas Comissões municipais, passarão a confeccionar e instalar as bombas nas comunidades contempladas com a construção das cisternas.
No entanto, o curso vai além da confecção e instalação, ressaltando principalmente a importância desse instrumento. “No curso nós discutimos convivência com o semiárido e a qualidade da água da cisterna. A bomba gude é muito importante porque evita a contaminação da água através do uso do balde”, conta Ana Glécia, coordenadora do projeto.
Complemento da renda – Moradora da comunidade de Tanquinho, no município de Valente, a jovem Josiane de Jesus Santos, também participou do curso. Ela conta que há seis anos participou de uma formação e desde então vem confeccionando bomba gude para as famílias, ajudando no complemento da renda. “Fazer a bomba, não é difícil, mas, tem que praticar. É bom porque eu trabalho em casa e ganho um dinheiro extra”, disse Josiane.
Durante o curso os participantes receberam um kit com ferramentas e aprenderam a importância de cada peça que compõe a bomba. Edmundo Luiz, que possui muita experiência na confecção, ressaltou que o dinheiro pago por cada bomba gude é referente apenas à mão-de-obra, pois, todo o material necessário está incluído no orçamento do projeto. Atualmente os “bombeiros” recebem R$ 15,00 por cada bomba.
Moradora do município de Teofilândia, Maria do Carmo é conhecida por ser integrante do Movimento de Mulheres e mulher cisterneira. Depois de aprender a construir cisterna de consumo humano e de produção, a trabalhadora rural aceitou participar da oficina para ensinar a outras pessoas de sua comunidade. “Eu vim na expectativa de voltar pra minha cidade e colocar a mão na massa. Eu acredito que será fácil”, comenta Maria do Carmo.
Fonte: MOC
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