quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Mãe pede DNA após suspeita de filho engravidar menina de 12 anos na BA

A mãe do garoto que teria engravidado a prima de 12 anos no município de Sátiro Dias, na Bahia, diz que quer o exame de DNA para comprovar a paternidade do bebê.

Maria Lúcia Xavier da Cruz mora próximo à irmã, mãe da garota que teve um bebê aos 12 anos. Ela conta que passava a maior parte do tempo fora de casa, trabalhando, e que o filho andava muito com a prima. “A menina só vivia com ele pra cima e pra baixo. Eu dizia sempre a ela [sobrinha] cuidado com moleque macho, que não é coisa que se cheire não. Eu tenho dúvida, acho que não é de meu filho”, afirma Maria Lúcia.

Ela diz que decidiu pedir o exame de DNA após questionar o filho sobre a paternidade e ele não admitir que manteve relações com a prima. “Eu pergunto: ‘É teu?’. E ele só faz dizer que não sabe. Ele nunca disse que é, não diz de jeito nenhum que se relacionou com ela”, destaca.

O bebê nasceu dia 20 de julho, aos sete meses de gestação, na maternidade José Maria de Magalhães Neto, em Salvador. Como a criança nasceu prematura, mãe e filho permanecem na unidade de saúde aguardando a alta do menino. Uma outra tia da garota, Luzimarina Cruz, vem se responsabilizando por ela e pelo bebê. Desde que soube da gravidez da sobrinha, ela demonstrou interesse em conseguir a guarda dos dois.

"O menino só vai ser registrado depois do exame de DNA, não quero que fique como pai desconhecido. Ele vai ser registrado pelos pais e eu estou com processo na Justiça para pedir a guarda dele e da mãe, que é menor", explica Luzimarina.

Embora desconfie da paternidade da criança, a mãe do garoto que teria engravidado a prima diz que quer conhecer o bebê. "Tô querendo levar ele pra conhecer, minha irmã [Luzimarina] disse que é todo a cara dele. Se for dele mesmo, tenho prazer de registrar como filho, porque o bichinho não é culpado. A gente tem que saber se unir e chamar por Deus para corrigir", afirma Maria Lúcia.

Luzimarina diz que um promotor amigo de sua chefe a está auxiliando com os trâmites legais tanto para a realização do exame quanto para conseguir a guarda da sobrinha e de seu filho.

Saúde
O bebê permanece em um quarto na maternidade Professor José Maria de Magalhães Neto, onde aos poucos ganha peso e desenvolve o ato de sugar, fundamental para sua alimentação. De acordo com a tia que acompanha a mãe do bebê, ele já passa dos dois quilos e mama bem ao seio. "Ele mama no peito e por sonda, já está esperto", afirma Luzimarina. Ainda não há previsão de alta para o bebê.

Situação de alerta
A situação chamou a atenção por causa da pouca idade da mãe. Segundo Mizarala, no dia em que a adolescente deu à luz, outras cinco crianças nasceram de mães também adolescentes, entre elas, uma de 13 e quatro de 14 anos. A Secretaria da Saúde afirma que, em 2011, foram mais de 46 mil partos em mulheres de 10 a 19 anos. No ano passado, foram 40.350. Pacientes nessa situação podem procurar atendimento no Iperba, que fica no bairro de Brotas, ou na maternidade Professor José Maria de Magalhães Neto.

"É extremamente preocupante, porque o parto em uma adolescente significa mais doenças tanto para a mãe como para a criança. Nós temos mais prematuridade, eclâmpsia, infecção, temos vários problemas de saúde. São mulheres que não se desenvolveram fisicamente e que leva a ser operada, fazer cirurgia e ter mais complicações também", explica o médico Amazo Mizarala.

Fonte: G1 Bahia

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