sexta-feira, 18 de março de 2016

Juiz de Coité afirma que Moro quis “incendiar” o país ao divulgar grampos

Gerivaldo Neiva atua na Comarca de Coité ha mais de 15 anos.
O juiz baiano Gerivaldo Alves Neiva criticou numa postagem em uma rede social, a decisão do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Lava Jato na primeira instância, de divulgar grampos telefônicos de conversas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com aliados, entre eles um diálogo com a presidente Dilma Rousseff.

Gerivaldo Alves afirma que o magistrado da Lava Jato quis “incendiar um país” com sua decisão. “A um magistrado não é dado o direito de incendiar um país. Deve manter a cautela, o cuidado com as provas e, sobretudo, não permitir que conversas gravadas ainda em investigação sejam divulgadas e utilizadas como combustível para este incêndio. Muito menos, a fala da presidenta da República em gravação originada de seu gabinete. Definitivamente, há de se ter cuidado com a República e com a Constituição”, escreveu.


Ainda na postagem, o magistrado baiano adverte para um risco de “ruptura constitucional”. “Os livros de história podem contar que houve uma ruptura constitucional no Brasil e que o Poder Judiciário colaborou decisivamente neste processo. Deixo registrado, no entanto, para que saibam meus filhos e meus amigos, que sou juiz de Direito, membro desse mesmo poder, mas estarei ao lado da resistência”, anotou.


Grampos

O juiz Sérgio Moro retirou na última quarta-feira (16) o sigilo de interceptações telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As conversas gravadas pela Polícia Federal incluem diálogo com a presidente Dilma Rousseff, que o nomeou como ministro chefe da Casa Civil.

A divulgação por volta das 18h30 causou reação imediata no Congresso Nacional com deputados e senadores cobrando a renúncia da presidente, e nas ruas, com protestos se espalhando pelo país.

Fonte: Bocão News

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