MP pede prisão preventiva de João de Deus, acusado de abuso sexual — Foto: Reprodução/JN |
O Ministério Público de Goiás convocou a titular da promotoria de Abadiânia, Cristiane Marques, que estava de férias, para reforçar a força-tarefa que investiga as acusações de abuso sexual contra João de Deus. Até quinta-feira (13), 330 mulheres denunciaram o médium ao órgão. Ele nega os crimes.
O jornal "O Globo", a TV Globo e o G1 têm publicado nos últimos dias relatos de dezenas de mulheres que denunciaram o médium. Não se trata de questionar os métodos de cura de João de Deus ou a fé de milhares de pessoas que o procuram.
A força-tarefa iniciou a investigação dos casos na segunda-feira (10), depois que o programa Conversa com Bial divulgou o relato de 10 mulheres que disseram ter sido abusadas sexualmente pelo médium. O órgão criou um e-mail exclusivo para as denúncias: denuncias@mpgo.mp.br
Para colher o depoimento das mulheres que não moram em Goiás, o MP-GO preparou uma sala de videoconferência. Nela, ficam os promotores de Goiás que participam da força-tarefa, duas psicólogas e dois tradutores de línguas estrangeiras.
“Temos casos fora do Brasil, por isso, temos a necessidade de acompanhamento para ajudar a gente a esclarecer todas essas situações”, afirma o procurador-geral do órgão, Benedito Torres.
Pedido de prisão
O MP-GO protocolou, no fim da tarde de quarta-feira (12), o pedido de prisão preventiva de João de Deus, após a força-tarefa receber centenas de denúncias de supostas vítimas do médium.
O pedido deve ser analisado pelo juiz Fernando Chacha, que é responsável pela comarca de Abadiânia. A assessoria do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou ao G1 que não pode confirmar nenhuma informação porque o caso está em segredo de Justiça.
Fonte: G1
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