segunda-feira, 16 de março de 2015

Morre fundadora do Movimento pela Anistia, Therezinha Zerbini; Dilma Rousseff lamenta morte

A advogada, assistente social e ativista de direitos humanos, Therezinha Zerbini morreu no último sábado (14), em São Paulo, aos 87 anos. A presidente Dilma Rousseff, em nota divulgada neste domingo (15), lamentou a morte da fundadora do Movimento Feminino pela Anistia. “Tive o privilégio de conviver com Therezinha Zerbini em situações extremas: num cárcere da ditadura, onde nos conhecemos em 1970, e na luta pela anistia, da qual ela foi pioneira, ao criar, em 1975, o Movimento Feminino Pela Anistia”, declarou a presidente. Para Dilma, a militante representa a coragem da mulher brasileira. A advogada era esposa do general Euryale de Jesus Zerbini, que comandava a Força Pública. Em 1964, o militar foi um dos quatro oficiais que, depois de assumir posição contrária ao golpe de Estado, teve seus direitos políticos cassados e foi aposentado. Therezinha atuou na resistência à ditadura. Ela foi uma das responsáveis pelo Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Ibiúna, no interior de São Paulo, e por isso foi presa no dia 11 de fevereiro de 1970. Therezinha presenciou torturas de outros militares durante os cinco dias em que esteve na sede da Operação Bandeirante (Oban), mas não foi torturada. Após mais uma semana de cárcere no Dops, ela foi levada para o Presídio Tiradentes, onde ficou presa por seis meses, enquadrada na Lei de Segurança Nacional. Em 1975, a militante fundou o Movimento Feminino pela Anistia, com vários núcleos espalhados pelo país. Em 1978, o movimento cresceu e se transformou no Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA), no Rio de Janeiro. O CBA, formado por advogados de presos políticos e com apoio da OAB, pedia a anistia ampla, geral e irrestrita, medida que foi decretada em 1979. Therezinha ainda participou da fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Fonte:Bahia Notícias

Sem comentários:

Enviar um comentário