Pelo menos 14 pessoas morreram e outras 30 pessoas ficaram feridas nesta quinta-feira (2) quando um grupo de homens armados atacou a Universidade de Garissa, no leste do Quênia e na fronteira com a Somália, informou uma fonte policial à Reuters.
O grupo islamita Al-Shabab reivindicou o ataque, e afirmou que a ação é uma vingança contra a intervenção de tropas do Quênia na Somália.
Sheikh Abdiasis Abu Musab, porta-voz da organização, disse que os muçulmanos que estavam no local foram soltos, enquanto os cristãos ainda eram feitos reféns. De acordo com ele, havia diversos corpos de cristãos mortos dentro do prédio.
O incidente começou por volta das 5h30 (horário local, 23h30 de quarta, 1º, em Brasília), quando os atiradores entraram no recinto universitário e começaram a disparar indiscriminadamente e detonaram vários artefatos explosivos, segundo o Centro de Operação de Desastres do governo queniano.
O inspetor geral da polícia, Joseph Boinnet, explicou em comunicado que também houve um tiroteio entre os atiradores e os policiais que protegiam as residências dos estudantes. "Os atiradores conseguiram entrar nas residências", afirmou Boinnet, acrescentando que neste momento as Forças de Defesa do Quênia e a polícia efetuam uma operação conjunta para pôr fim ao ataque.
Estudantes se refugiam em um veículo durante a Universidade de Garissa. (Foto: AP Photo)
Reféns
Segundo o Ministério do Interior, o grupo armado conseguiu entrar em uma residência e mantém um número ainda não conhecido de reféns. "Doas quatro prédios, três foram esvaziados. Mas os agressores estão cercados em um prédio, disse o Ministério do Interior no Twitter.
Apesar de em um primeiro momento ter se informado que havia quatro feridos, o número aumentou para 30. "Pelo menos 30 feridos foram transferidos ao hospital, quatro deles em estado muito grave. A maioria das vítimas tem ferimentos de bala", informou a Cruz Vermelha do Quênia através de sua conta oficial no Twitter.
Apesar de o centro governamental de Operação de Desastres ter informado de duas mortes durante o ataque, não se descarta que o número de vítimas mortais possa aumentar nas próximas horas.
Desde que em outubro de 2011 o exército queniano entrou na Somália para combater o Al Shabab, o país foi alvo de constantes atentados terroristas, o mais grave deles no shopping Westgate, ocorrido em 2013 e no qual morreram pelo menos 67 pessoas.
Fonte:G1
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