sábado, 20 de junho de 2015

Preso suspeito de assalto a banco que se salvou após canoa virar na BA

Um dos sete suspeitos da explosão de um caixa eletrônico da agência do Banco do Bradesco, na cidade de Cabaceiras do Paraguaçu, foi preso na cidade de Santo Estevão. O crime teria sido realizado por sete pessoas, sendo que quatro morreram quando tentaram fugir em uma canoa que virou no Rio Paraguaçu.
Três fugiram conseguiram se salvar a nado. Com a prisão do jovem de 19 anos, que seria líder da quadrilha, dois suspeitos continuam foragidos.
Conforme a polícia, após a embarcação com os suspeitos virar, durante a fuga, os corpos foram localizados por volta das 6h do dia 8 de junho e levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Feira de Santana.
Segundo a polícia, os suspeitos estavam armados com submetralhadora, espingarda calibre 12, revólveres e pistolas e que as armas teriam caído no rio Paraguaçu.
O detido foi encaminhado à carceragem da Coorpin/Santo Estevão, onde ficará a disposição da Justiça. A polícia continua à procura dos outros dois suspeitos que estão foragidos.
Após se entregar, Luciano deu uma entrevista para o site Correio da Cidade. Veja na íntegra:
Mei teria confessado que já havia participado de mais duas ações a bancos, porém  todas frustraram
Mei teria confessado
que já havia participado de mais duas ações a bancos, porém todas frustraram
Luciano afirmou que não sabia da ação. “Fui chamado por Robinson, um dos sobreviventes para fazer ‘uns corres’ “[sic]. De acordo com seu depoimento, Luciano conta que somente quando estava em um dos veículos usados na ação ficou sabendo por Darlan Cardoso (Mei) que iriam explodir um banco em Cabaceiras.
“A gente usou um Fox e viajamos por Castro Alves até chegar lá. No caminho Mei me disse que esse seria o terceiro assalto que ele participava”, revelou. “Mei me disse que uma vez tentou explodir um banco mas não conseguiu e da segunda vez, em uma estrada de chão foram perseguidos pela CAEL (Polícia da Caatinga), quando também ia explodir um outro banco”, relatou. “Quando fui ouvindo isso tive noção do que seria e quis desisti, mas tive medo”.
Ketinho atirou contra os policiais
Ketinho atirou contra os policiais
Luciano conta que ao chegar em Cabaceiras do Paraguaçu encontrou com os outros integrantes da quadrilha que teriam ido de barco até lá. “Todos entraram no carro que eu e Mei estavámos e fomos direto para o banco. Luizinho e Balbino esperavam no barco. Fia (Laércio Ribeiro), Robinson e Mei entraram na agência bancária e montaram os explosivos, que não deu o resultado esperado”. Ainda de acordo com Luciano, quando foram montar mais artefatos, eles pararam um motorista de uma Saveiro que passava próximo ao local, apontaram arma e mandaram sair em velocidade. “Foi ai que surgiu uma viatura da polícia e Ketinho (Darlon Cardoso, um dos gêmeos) começou a atirar com uma arma calibre 12. Atingiram a viatura e furaram os pneus”.
Segundo afirmou Luciano, nesse momento os acusados fugiram no Cros Fox por uma estrada de chão até às margens do rio. “Tinha muita lama e o carro perdia o controle. Quase batemos em um poste. Atravessamos o carro na estrada para servir de barreira caso a polícia viesse atrás”, conta.
Ao ser questionado sobre como embarcaram, Luciano disse:
De acordo com Luciano, Fia era o líder da ação
De acordo com Luciano, Fia era o líder da ação
“Fomos para o barco e encontramos Balbino agitado. Ele quem pilotava. “O barco não pegava de jeito nenhum e isso deixava Fia muito nervoso. Remamos até certo ponto, quando o motor do barco deu partida e por estar numa regulagem mais alta, o motor disparou, foi aí que Fia perguntou quem sabia nadar e todos disseram que sim. O barco começou a encher de água pois o rio maletava demais e o balanço fazia a água invadir a embarcação. Eu percebi que ia afundar. Robinson procurou um vaso pra retirar a água mas não achou. Imediatamente o barco começou a afundar.” De acordo com os relatos de Luciano, o barco afundou de bico e Fia foi o primeiro a se afogar. “Quando o barco afundou eu e Luizinho voltamos nadando em direção a Cabaceiras. Luizinho usava uma mão para o nado e na outra o celular; eu via a claridade do aparelho e perguntei se ele só sabia nadar assim e foi aí que não ouvi mais ele responder”. Luciano conta que chegou à margem do rio, passou por baixo de uma cerca elétrica e furtou um barco e foi nadando até o outro lado do rio. “Como não tinha remo eu deitei no barco e fui remando com as mãos, durante cerca de 40 minutos. Quando cheguei em terra, saí na comunidade do Rebouças, em Santo Estevão e fui a pé até minha residência que fica na Várzea da Casa”.
Fonte:Calila Notícias

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