sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

“NOVIDADE”: A VEJA MENTE


Há quem torça o nariz para a blogosfera engajada, que detona a revista Veja, publicação semanal que – juntamente com os chamados jornalões e a Rede Globo – opera para estabelecer o que é pauta no Brasil. A Veja e seus congêneres têm poder de formar opinião, assim como também o de deformar, na medida em que se prestam a selecionar interesses a defender.
No caso da Veja, o episódio da exclusão do livro “A Privataria Tucana” da lista dos mais vendidos – enquanto nas prateleiras o livro evaporava – é auto-explicativo. A revista simplesmente escolheu não destacar o libelo do jornalista Amaury Jr. contra o lamaçal no qual chafurdaram os tucanos no processo de privatização das estatais brasileiras, durante o governo FHC.
Que a Veja tem simpatia e compromissos com o tucanato, é problema dela e, ademais, é fato público, notório e incontestável. A própria linha editorial fala por si e não deixa dúvidas sobre as preferências da publicação do grupo Abril. Agora, omitir um fato verdadeiro e ser flagrada no “malfeito”… Como diria aquele comercial do cartão de crédito, não tem preço!
O leitor que ainda confiava na revista tem agora um forte motivo para folhear a Veja com mais cautela, pois se confirmou que ela publica mentiras ou “escolhe verdades”. Muitos já haviam percebido os “deslizes” éticos da revista, notadamente pela linha editorial tendenciosa; mas a manipulação de uma lista que, para ser confiável, precisa ser objetiva, fulminou o resto da credibilidade da Veja.
Felizmente, quem busca informação tem hoje um leque de opções, sem necessidade de ficar restrito aos veículos tradicionais. Nunca os contrários à Veja puderam ratificar de maneira tão categórica aquela provocação famosa nas redes sociais: “Leu na Veja? Azar o seu!”
Fonte: Pimento – Por: Ricardo Ribeiro

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