Proerd em Coité forma 99 crianças e autoridades assinam termo de compromisso para ampliar para 500 em 2011

O Programa é pedagogicamente estruturado em lições, ministradas obrigatoriamente por um policial militar fardado.

A manhã desta quarta-feira (1) foi bastante concorrida para quase 100 crianças de escolas públicas de Conceição do Coité, quando receberam certificado de conclusão do curso do Programa Educacional de Resistência as Drogas e a Violência (PROERD) que foi ministrado pelo soldado da polícia militar Leandro.

A solenidade de formatura aconteceu no Ginásio de Esportes e contou com a presença de várias autoridades e representantes da sociedade civil. O juiz de Direito da Comarca de Conceição do Coité em seu pronunciamento disse que este é o caminho que as crianças devem trilhar, “essas 99 crianças que aqui estão, são menos vulneráveis as drogas que as outras que ainda não tiveram este acompanhamento” revelou a magistrado, que solicitou de Kleuber Cedraz presidente da CDL que o mesmo preparasse um termo de compromisso para que fosse assinado naquele momento pelas autoridades presentes, o comprometimento de ampliar para 500 crianças em 2011. O prefeito Renato Souza e a secretaria de Educação Genilda Mota, disseram que não medirão esforços para atingir a meta, outras escolas serão incluídas. O comandante geral do 16º Batalhão sediado em Serrinha, Coronel Vitor garantiu apoiar no que for preciso.

Capitão Joilson Lessa, comandante da 4ª CIA / PM de Coité por alguns momentos chegou a se emocionar por ver os primeiros frutos brotarem. Na oportunidade algumas crianças foram presenteadas com bicicletas, MP3 e outros brindes, e para alguns parceiros que apoiam o programa, foram entregues certificados de amigo do PROERD

O PROERD em Conceição do Coité surgiu através de uma iniciativa da Polícia Militar, a qual levou a ideia ao Conselho Comunitário de Segurança Pública e à Secretária Municipal de Educação que abraçaram a iniciativa e, a partir do dia 25 de agosto de 2010 foram iniciadas as aulas com os alunos do Educandário Batista e da Escola Nossa Senhora da Conceição. “Reuniões foram realizadas para o planejamento das ações a ser desenvolvidas e houve um engajamento muito grande das pessoas que assumiram esse compromisso. Foram meses de trabalho que culminou com a formatura de quase 100 crianças. Esse foi o primeiro passo para outras turmas que virão”, garantiu Lessa.

O PROERD é desenvolvido nas Escolas Públicas e Particulares, apenas no 5º ano e 7º ano do Ensino Fundamental, por policiais militares treinados e preparados para desenvolver o lúdico, através de metodologia especialmente voltada para crianças e adolescentes. O objetivo é transmitir uma mensagem de valorização à vida, e da importância de manter-se longe das drogas.

Após quatro meses de curso as crianças recebem o certificado PROERD, ocasião que prestam o compromisso de manterem-se afastados e longe das drogas.

O Programa é pedagogicamente estruturado em lições, ministradas obrigatoriamente por um policial militar fardado; que além da sua presença física em sala de aula como educador social, propicia um forte elo de ligação na comunidade escolar em que atua, fortalecendo o trinômio: Polícia Militar, Escola e Família.

O Programa oferece em linguagem acessível às faixas etárias que se direciona, uma variedade de atividades interativas com a participação de grupos em aprendizado cooperativo; atividades que foram projetadas para estimular os estudantes a resolverem os principais problemas na fase em que se encontram vivendo.

O Programa não invalida qualquer outro Programa, Trabalho ou Atividade de prevenção, dirigido aos jovens como um todo. A cooperação da sociedade é fundamental, e a participação, efetiva, do empresariado constitui-se na sustentação, econômica e financeira, da viabilidade e continuidade do PROERD, visando atender parcela, cada vez mais significativa, das crianças e adolescentes, criando, dessa forma, uma rede projetiva, crescente, contra as drogas (lícitas e ilícitas), bem como contra as atitudes que geram violência.

Fonte: Calila Notícias - Por: Raimundo Mascarenhas