Um bigode para lá de ostensivo tem conturbado a vida do comerciante Malik Afridi. Em 2009, o paquistanês foi seqüestrado e ameaçado de morte por radicais islâmicos porque se negava a abrir mão do adereço de 76 cm de comprimento. O caso foi divulgado nesta sexta-feira (9). A vítima trabalhava em Peshawar, no noroeste do Paquistão, onde há grande domínio do Taleban, grupo extremista que condena o cultivo de pelos no rosto. Afridi foi intimado a pagar US$ 500 (R$ 650) por mês para manter o bigode e, após não atender à chantagem, foi mantido durante um mês em cativeiro. O comerciante foi liberado por uma assembleia tribal e mudou-se para Faisalabad, na região central do país, deixando sua família a cargo de sua loja de roupas, tecidos e artigos importados da China. Nos últimos meses, ele voltou a receber ameaças de morte, mas se recusa a tirar o bigode. "As pessoas sempre me respeitaram, elas gostam de tirar fotos comigo. É minha identidade. Posso morar longe dos meus entes queridos, posso morar longe do Paquistão, mas eu não poderia cortar o bigode", disse, em entrevista à agência de notícias AFP. Para evitar novos problemas, Afridi explicou que deseja pedir asilo a Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Emirados Árabes Unidos ou, quem sabe, representar seu país em um concurso internacional de bigodes.
Fonte: Bahia Noticias
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