sexta-feira, 30 de maio de 2014

Em jogo marcado por superlotação, Bahia perde para o Santos


Em duelo marcado por um problema de superlotação no estádio Joia da Princesa, em Feira de Santana, o Santos, que não vencia há três jogos, derrotou o Bahia por 2 a 0, na noite desta quinta-feira, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. Alan Santos, de cabeça, e Lucas Lima, já no fim, fizeram os gols da partida, no segundo tempo. Com o resultado, o Peixe pulou para 11º, com 11 pontos. Já o Bahia, com oito, ficou em 14º e um jogo a mais por fazer.

A confusão começou antes do jogo e só foi normalizada aos 38 minutos do primeiro tempo, quando o comando da Polícia Militar autorizou a entrada de torcedores do Bahia no setor reservado aos santistas. O que se via até então era um cenário caótico, onde uma tragédia poderia ocorrer a qualquer momento. Várias pessoas ficaram prensadas no alambrado. Pais desesperados tentavam conduzir os filhos para o gramado. Crianças choravam. O delegado da partida considerou a hipótese de paralisar o jogo, mas o duelo não foi parado.

O público pagante foi de 16.089 pessoas. De acordo com o Twitter oficial do Bahia, mais de 1.200 pessoas (entre idosos, crianças e outros portadores de gratuidade) entraram sem pagar. A capacidade do estádio é para 19 mil pessoas. O jogo foi levado para Feira de Santana porque a Arena Fonte Nova já está sob os cuidados da Fifa para a Copa do Mundo, assim como o estádio de Pituaçu, reservado para treinamentos de seleções.

Na próxima rodada, a última antes do recesso para a Copa do Mundo, o Bahia encara a Chapecoense, domingo, em Santa Catarina, às 16h. Já o Santos pega o Criciúma, às 18h30, também no domingo, no estádio Primeiro de Maio, em São Bernardo.

Gramado horroroso, jogo idem

Se a situação era caótica fora de campo, dentro dele não era muito diferente. Bahia e Santos não conseguiram jogar futebol. O gramado, alto, fofo, totalmente irregular e com muitos buracos, atrapalhava não só uma troca de passes, mas o simples ato de se conduzir a bola. Com isso, os times procuravam se livrar do risco perto de suas áreas, com lançamentos longos dos zagueiros diretamente para os atacantes. Óbvio que não deu certo. A única boa chance de gol foi numa cobrança de falta de Anderson Talisca - a bola bateu do lado de fora da rede.

No segundo tempo, o Peixe se mostrou um pouco melhor do que o Bahia, muito pela vontade de seus jovens de se firmarem no time principal - Zé Carlos, Jorge Eduardo e Diego Cardoso, que disputaram a Copinha, mas não vinham ficando nem no banco de reservas, foram titulares em meio aos desfalques de Leandro Damião, Thiago Ribeiro, Rildo, Geuvânio, Emerson, Mena... e também de Cícero, liberado para acertar com o Fluminense.

Já o Bahia, que vinha de derrota como mandante para o Fluminense em Barueri, parecia desestabilizado. E viu o rival abrir o placar da única forma possível: numa bola alçada na área, em cobrança de falta: aos 16, Lucas Lima ergueu, e Alan Santos marcou de cabeça. O Bahia se mandou para o ataque no desespero e, totalmente desfigurado, levou o segundo gol, num contragolpe, já aos 43 - Lucas Lima marcou e definiu a segunda vitória do time em oito rodadas.


Fonte: Globo Esporte

Sem comentários:

Enviar um comentário