Após vários desentendimentos, o Bahia e a Nike finalmente chegaram a um consenso. Foi confirmado nesta terça-feira que o Tricolor conseguiu um acordo com a fornecedora de material esportivo para que o contrato entre os dois acabe antes do prazo. Inicialmente, a ligação entre a empresa e a agremiação baiana se encerrava em dezembro de 2015. Agora, o vínculo acaba no fim deste ano, em meio a vários episódios traumáticos. Nenhuma contrapartida por parte do Bahia foi confirmada para facilitar a antecipação
As divergências entre Bahia e a fornecedora de material esportivo tiveram início no ano passado, quando a diretoria capitaneada por Fernando Schmidt assumiu o clube. Na ocasião, o diretor de negócios tricolor, Pablo Ramos, manifestou o descontentamento com o serviço prestado, já que o clube não tinha materiais exclusivos e os uniformes lançados eram cópias de modelos utilizados por equipes europeias.
- Tivemos uma reunião na semana passada. Deixamos uma proposta e agora aguardamos o posicionamento da Nike até o dia 31 de dezembro. Não concordamos com a operação atual do contrato, que é um contrato tripartite, com três partes envolvidas, Bahia, Nike e Netshoes, responsável pela distribuição e comercialização online. Não fizemos nenhum pedido absurdo, inclusive apontamos soluções para o que não consideramos correto no contrato e vamos aguardar – disse Ramos em dezembro de 2013.
O Bahia tentou romper o contrato de forma amigável, sem pagar os R$ 2 milhões de multa previstos em caso de rescisão unilateral. O acordo, entretanto, não saiu, e o Tricolor continuou ligado à fornecedora de material esportivo. No início deste ano, a relação entre as duas partes ficou mais conturbada. O ex-presidente do clube, Marcelo Guimarães Filho, divulgou uma camisa que ainda não havia sido lançada, o que levou o Bahia a notificar a Nike.
Recentemente, a fornecedora de material esportivo lançou mais duas camisas e novamente desagradou os dirigentes do Bahia. Os uniformes, duas camisas de treino, foram confeccionados nas cores azul, branco e preta - o que levou à revolta de parte da torcida, insatisfeita por não ver no uniforme o tradicional padrão azul, vermelho e branco.
Em nota, a Nike afirmou que o uniforme havia sido aprovado durante a gestão de Marcelo Guimarães Filho. Em entrevista ao GloboEsporte.com, o ex-presidente disse que não havia sancionado o lançamento das camisas e avaliou o material como "de extremo mau gosto".
Fonte: Globo Esporte
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