Seis pessoas morreram e outras 14 ficaram feridas, segundo Bombeiros
O incêndio que atingiu uma farmácia em Camaçari na tarde desta quarta-feira (23) pode ter sido causado por um vazamento de gás, segundo o major Lanusse Araújo, comandante do 10º Grupamento de Bombeiros Militares (GBM/Camaçari). Houve uma explosão no mezanino da farmácia, que provocou o desabamento da laje e fez as chamas se alastrarem. O número de mortos subiu para 6 na noite de hoje.
"Existia um serviço de manutenção no mezanino da farmácia e provavelmente foi em virtude dessa explosão do mezanino que fez desabar toda laje. Após a explosão, teve o incêndio. Primeiro a explosão, o desabamento e em seguida o incêndio", diz. "Obviamente pode ter acontecido (vazamento de gás). Era um serviço de solda", explica.
(Foto: Camaçari Notícias) |
Os três primeiros mortos tiveram os corpos retirados dos escombros, o último deles às 19h10 da quarta-feira 23, - as chamas foram contidas no final da tarde. Outros três corpos foram encontrados embaixo da laje agora à noite. Os bombeiros seguem fazendo buscas no local, para se certificar de que não há mais vítimas. Os corpos estavam carbonizados e não foram identificados até o momento. Um cachorro ajudou a localizar um dos corpos.
"Não tem como identificar, mas é possível dizer que uma das vítimas aparenta ser criança. Quando ocorreu a explosão, a laje caiu. Estamos quebrando a laje toda para ver se ainda tem mais vítimas", explicou agora à noite o major Lanusse. "Pode ser que tenha mais gente, a gente não sabe ao certo quantas pessoas estavam na farmácia".
Segundo o major, foi um trabalho de combate às chamas complicado. "O fundo da farmácia é de difícil acesso. Não houve nenhum problema com água", afirmou. Um carro-pipa da Embasa foi enviado ao local para ajudar no trabalho.
A denúncia de falta de água partiu de algumas testemunhas. Leriane Neves, gerente de uma ótica próxima, foi até o local para tentar ajudar. "Fiquei sabendo que era na farmácia, eu tenho uma amiga que trabalha aqui, eu vim correndo para ver se tinha acontecido algo com ela. Quando eu cheguei, já tinham dado socorro a ela. Aí a gente começou a ajudar pessoas", conta. Segundo ela, os bombeiros demoraram cerca de 40 minutos para chegar e a água acabou rapidamente. "Jogaram água, em menos de 10 minutos acabou. Fomos pegar na praça para ajudar, mas interditaram, não deixaram por motivo de segurança", conta. "O Corpo de Bombeiros é muito próximo daqui, e demoraram 40 minutos para chegar".
Além dos mortos, 14 pessoas ficaram feridas. Cinco foram para Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. As outras nove foram para o Hospital Geral de Camaçari, sendo que quatro foram transferidas posteriormente para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. O helicóptero do Graer, da Polícia Militar, ajudou, fazendo transporte de duas das vítimas em estado grave e as outras duas foram transferidas de ambulância. Segundo a Secretaria de Saúde de Camaçari, dois feridos já tiveram alta.
A Polícia Civil vai investigar o incêndio através da 18ª Delegacia (Camaçari). A delegada Thaís Siqueira do Rosário, titular da unidade, disse que vai começar os trabalhos de apuração amanhã. "A perícia está ainda no local, então ainda não ouvi ninguém", relata. "A partir de amanhã vamos já contactar as pessoas, tentar ouvir testemunhas do fato, sobreviventes. Não garanto que já vamos ouvir alguém amanhã, porque está todo mundo em choque. Mas vamos iniciar o trabalho", diz a delegada ao CORREIO.
Em nota, a Pague Menos informou que lamenta o incidente e que se solidaria com a dor das vítimas. A assessoria informou que a empresa está prestando assistência às famílias e que está trabalhando junto com as autoridades para investigar a causa do acidente. "A segurança dos nossos funcionários e clientes sempre foi e sempre será de extrema importância para nossa companhia", diz o texto.
Fonte: Correio 24 horas
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