sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Serrinha: Mobilização contra a PEC 241 foi um alerta para o risco de retrocesso em diversos setores da sociedade

Foto Daniele Oliveira
Aconteceu na Quinta feira (20) por volta das 09hrs no município de Serrinha a primeira mobilização dos estudantes, professores e movimentos sociais do Território do Sisal, contra a retirada de direitos da educação, pelo governo Temer através da PEC 241, que estabelece um teto para os gastos públicos por até 20 anos. A caminhada teve início na Praça Morena Bela, e seguiu até o centro da cidade na praça Luiz Nogueira.

Moisés Morais
A ideia do movimento surgiu pelos estudantes do IF Baiano de Serrinha, segundo eles o movimento tem como objetivo ampliar o dialogo com a população e alertar para os graves problemas que todo o país estar vivendo, onde direitos que foram conquistados com 'muita luta' estão sofrendo uma grande ameaça, já que o governo entre outras medidas, propõe congelar os gastos por 20 anos através da PEC 241.

"Uma PEC como essa afetará todos de modo geral, pois na medida em que o governo deixa de injetar recursos na sociedade vai diminuir possibilidade de emprego e isso vai alimentar uma cadeia negativa no que diz respeito ao estímulo ao consumo e a renda", afirmou Moisés Morais professor de Historia do Campus do IF Baiano de Serrinha em seu discurso.

Taise Menezes
A Secretaria do DCE - UNEB, Taise Menezes em seu discurso ressaltou; "entendemos que existe a necessidade de refletimos a conjuntura política atual, precisamos entender também que não estamos aqui na rua simplesmente em passeata, estamos aqui por que sabemos que a PEC 241 retira o direito à educação, retira o direito da gente acessar a universidade, as vagas das universidades publicas já foram diminuídas, agora elas vão ser a cada dia mais sucateadas, e esses sucateamentos das nossas universidades não pode ser aceito por que o que estar em jogo são os nossos direitos’’ protestou.

Henrique Xavier
Em seguida Henrique Xavier representante do IF Santa Inês também alertou; "O que estamos vendo é que não é prioridade desse governo que nós da classe trabalhadora chegue a universidade, que tenha saúde de qualidade e que viva! Para eles eu acredito que ser cidadão ser povo brasileiro é apenas aqueles lá do sul, sudeste, e que estão acima de todos é por isso que temos que declarar e não aceitar esse regime de 20 anos de congelamento por que na verdade não é só congelamento é 20 anos de retrocesso do nosso pais’’ lamentou.

Luciana Lima
Luciana Lima (UNEB) falou sobre o movimento e seus objetivos; "O protesto também foi direcionado contra a reforma do ensino médio que retira disciplinas como filosofia, sociologia que são importantes para a criticidade para o pensamento livre da sociedade, retirando essas disciplinas a gente perde oportunidade de pensar mais sobre a sociedade e reivindicar, além da PEC 241 estamos lutando também contra a lei escola sem partido, lei essa que prever a retirada de alguns conteúdos e pensadores que nos auxiliam do ponto de vista social, além disso, limita o professor ao que ele pode dizer ou dialogar, limita o ato da manifestação livre dos estudantes e professores. Eu acredito que a gente precisa sair do campo da reclamação e para o campo da ocupação" afirmou e alertou "Sociedade, acorde, se junte ocupe e vamos derrubar quem quer derrubar a população pobre".


O protesto foi pacífico durante todo o trajeto, os gritos de "Fora Temer" ‘’Não a PEC’’ tiveram força em vários momentos da marcha, que ocorreu sem repressão policial.

Segundo a organização da mobilização, cerca de 300 pessoas participaram do ato contra as medidas do Governo Federal.


@ Nossa Voz - Por Daniele Oliveira 

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