terça-feira, 15 de outubro de 2013

Chamada de fada madrinha, Dilma diz que vara de condão são Wagner e ACM Neto

Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
Apesar do clima quente que envolve a escolha de nomes para disputar a vaga do governador Jaques Wagner no ano que vem, os discursos políticos no evento que marcou a assinatura de contrato para a concessão do sistema de metrô em Salvador e Lauro de Freitas tiveram tom amigável. Ouvidos pelos pré-candidatos ao Palácio de Ondina Rui Costa (chefe estadual da Casa Civil), José Sérgio Gabrielli (secretário do Planejamento), Luiz Caetano (ex-prefeito de Camaçari) e a senadora Lídice da Mata (PSB), o governador Jaques Wagner e a presidente Dilma Rousseff evitaram comentar o pleito de 2014. “Eu acredito que chegou um momento político em que todas as condições estavam dadas. Na cabeça de algumas pessoas, metrô era coisa de país rico. Devemos jogar essa discussão no lixo. Metrô é coisa de país continental, com grandes cidades”, declarou a presidente, antes de ser chamada de “fada madrinha” por Wagner. “Se eu sou a fada madrinha, a vara de condão são o governador e o prefeito”, brincou.


Sem deixar de ressaltar sua participação no andamento das obras do sistema metroviário, o democrata retribuiu o carinho, ao discursar que a petista, hoje, “faz história”. “Esse conjunto de intervenções terá a força de mudar a história de Salvador. Tenho a satisfação de dizer que, de alguma forma, estou ajudando. A presidenta é uma pessoa de palavra. Estive com ela antes de tomar posse e ela me disse: ‘Prefeito, prepare bons projetos. Há muito tempo a prefeitura de Salvador não contrata por falta de projetos’”, lembrou, ao citar o entendimento das gestões municipal e estadual que, “em quatro meses, resolveu uma novela de anos”.

O gestor da Bahia também manteve a postura cordial com a “nova equipe que chegou à prefeitura” e pontuou que “na hora da disputa, ela acontecerá”. Embora elogiada por praticamente todos que discursaram no evento, a presidente também foi cobrada. Entre um pronunciamento e outro, uma voz feminina interrompeu o silêncio: "Presidenta, o Quilombo Rio dos Macacos está morrendo. Leia a carta, pelo amor de Deus". Dilma costuma passar férias na praia de Inema, próxima à comunidade quilombola Rio dos Macacos, na região da Base Naval de Aratu, em Salvador. Famílias de descendentes de escravos vivem há mais de um século no local, mas têm enfrentado problemas desde que, em 2009, a Marinha do Brasil entrou na Justiça para retirar os moradores do local.

Fonte: Bahia Notícias

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